Grande Manifestação na Web após morte do cão Lobo

Campanha na web pede punição severa para 



quem maltrata animais



Mobilização acontece após morte de cachorro arrastado por carro.




Ator Marcelo Médici e sua cadelinha; ator participa de campanha que pede maior punição a maus-tratos em animais
Ator Marcelo Médici e sua cadelinha; ator participa de campanha que pede maior punição a maus-tratos em animais


Participante da campanha, o ator Marcelo Médici ajudou a divulgar o abaixo-assinado em sua rede social. Segundo ele, é uma forma de mostrar aos políticos que a sociedade se importa com o assunto. "Você tem que retuitar, tem que divulgar, porque senão o assunto fica obscuro", disse.


Ator Marcelo Médici e sua cadelinha; ator participa de campanha que pede maior punição a maus-tratos em animais




Uma campanha na internet pede punição mais severa para quem maltrata ou abandona animais. A mobilização começou depois da morte do cachorro Lobo, um rottweiler que foi arrastado por pelo menos 1 km em Piracicaba, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (15). A petição pede mudanças nas leis atuais para que elas se tornem mais severas nos casos de maus-tratos, abandono e morte com ou sem dolo dos donos.

Assinar Petição:
Em São Paulo, existe o Código de Proteção aos Animais, uma lei estadual de 2005 que proíbe qualquer tipo de mau-trato a animais silvestres ou domésticos. O agressor deve ser advertido, pode ser multado e até perder a guarda do bicho.
Rottweiler Lobo morreu dias após após ser arrastado por carro em Piracicaba (SP)
Cão poderá ser cremado

O corpo do rottweiler Lobo poderá ser cremado, com direito à transmissão da cerimônia pela internet, segundo Miriam Miranda, presidente da organização não governamental (ONG) Vira-lata Vira Vida. Outra opção é que o corpo seja enterrado em um terreno do abrigo mantido pela ONG na cidade.

Segundo Miranda, uma empresa especializada em velório de animais de estimação de São Paulo se ofereceu para realizar a cremação do corpo e enviar as cinzas de volta para a ONG. "A nossa intenção é transformar a cerimônia em um marco para que o ocorreu não seja esquecido, para que uma violência dessas contra um animal não volte a se repetir", afirmou. Caso se confirme a cremação, as cinzas do rottweiller seriam depositadas em uma urna, que, por sua vez, seria instalada em um local específico em um jardim da ONG.
O cachorro foi amarrado ao carro de seu dono e arrastado no início deste mês por cerca de 1 km pelas vias de Piracicaba. Lobo estava internado desde o acidente e teve uma de suas patas amputadas como consequência da violência sofrida. Antes de morrer, o animal foi submetido a duas cirurgias.
Por enquanto, o corpo do rottweiler está sob a tutela do Centro de Controle de Zoonoses da cidade e depende de decisão judicial para ter uma destinação, segundo a advogada da ONG Rosana Junqueira. "A defesa (do dono do cão) pode requerer algum exame", explicou.
O sepultamento dependeria, neste caso, de um pedido por parte do CCZ e o devido aval da Justiça. Segundo a advogada, o dono do animal não havia entrado, até as 16h desta quarta-feira (16), com qualquer pedido no fórum central do município para reaver o corpo do cachorro.

O corpo do rottweiler foi enviado a um laboratório de Campinas, a 91 km da capital, para a realização da necropsia, que deverá apontar a causa da morte. "O laudo deverá ficar pronto de cinco a sete dias. Daí poderemos dar um parecer mais concreto", disse.
Termo circunstanciado

O dono do animal foi identificado e multado pela Polícia Ambiental em R$ 1.500 por maus-tratos contra animais. As investigações foram encerradas na sexta-feira (11) pelo delegado do 2º Distrito Policial de Piracicaba, Wilson Sabino. Ele finalizou o termo circunstanciado, usado quando a pena máxima para o crime é de até dois anos de prisão ou multa, e o enviou para o Juizado Especial Criminal da cidade.

O mecânico Claudio César Messias, que conduzia a caminhonete, disse que foi um acidente. Em depoimento à polícia, Messias afirmou que passeava com o cão, que pulou da carroceria da picape sem que ele notasse. “Só percebi que o estava arrastando quando um motoqueiro me parou e avisou. Fui embora porque achei que ele tivesse morrido, me deu um branco, um desespero e saí”, afirmou, na ocasião.
Assista Reportagem do G1

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